terça-feira, 17 de agosto de 2010

O Nordeste brasileiro está vivendo um período de ouro

Com as obras de infraestrutura tocadas pelo governo federal, o Nordeste brasileiro vive um período de ouro. A avaliação foi feita pelo presidente Lula, nesta terça-feira (17/8), durante entrevista a emissoras de rádio de estados nordestinos. Para o presidente, as oportunidades criadas nos nove estados do Nordeste permitirão que dentro dos próximos dez anos a região esteja transformada. Lula apontou também um outro fenômeno: o processo de migração dos nordestinos para as regiões Sul e Sudeste se inverte. Agora, os nordestinos estão retornando para suas cidades de origem e, com isso, buscam investir em negócios.

Instigados pelos radialistas, o presidente respondeu a questões como críticas de políticos de oposição o governo federal sobre investimentos na região. Segundo Lula, um levantamento comparativo com os últimos 30 anos irá concluir que o seu governo destinou mais recursos para a região se somados os recursos destinados por seus antecessores. Atualmente, além da Ferrovia Transnordestina, estão em curso o canal do rio São Francisco, a Ferrovia Norte-Sul, dentre outros empreendimentos. Na próxima sexta-feira, a Petrobras deve concluir as negociações para as obras da refinaria no Ceará. Lula defendeu também um estaleiro para aquele estado.

No Piauí, Lula acredita na possibilidade de uma reserva de gás igual a encontrada no Maranhão. O presidente informou que o rio Parnaíba deve contar com a construção de usinas hidrelétricas. “Eu acho que as coisas estão indo bem. Nos próximos 10 anos, quem vier para o NE não vai reconheçe-lo de tão bonito que ele vai ficar”, disse.

O presidente queixou-se do aparelho fiscalizador do Estado que impede a realização de obras [por parte do governo federal e informou que após as eleições irá trabalhar na conclusão de um marco regulatório. Segundo ele, se o então presidente Juscelino Kubstichek viesse a construir Brasília nos dias atuais enfrentaria problemas para tocar as obras.

Na mesma entrevista, Lula acusou a oposição de acabar com a CPMF como vingança. “O nosso adversário está com dificuldades. As vezes fica tentando dizer coisa. Na área de saúde, essas pessoas esquecem para se vingar não de mim, mas do povo pobre acabaram com a CPMF. Tiraram por pura vingança”, disse.

Em seguida, afirmou que durante seus dois mandatos deu o mesmo tratamento para governantes de situação e de oposição. Depois, comentou que desde os anos 80, quando atuou como dirigente sindical na região do ABC paulista até os dias atuais nunca verificou placas nas empresas anunciando contratação de mão de obra. “O Brasil está se consolidando com economia estável e crescente. É um processo que não tem retorno. Não tem volta”, afirmou.

Após a entrevista, Lula seguiu para Salgueiro, no sertão pernambucano. Lá, ele visita canteiro de obras da Ferrovia Transnordestina e fábrica de dormentes e brita, além de inaugurar campus do Instituto Federal do Sertão de Pernambuco. No início da noite, Lula retorna a Petrolina para inaugurações de prédios da Univasf (Universidade Federal do Vale do São Francisco).

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