A candidata à presidência pela coligação Para o Brasil Seguir Mudando, Dilma Rousseff, participou ontem do 8º Congresso Brasileiro de Jornais, promovido pela Associação Nacional dos Jornais (ANJ), no Rio de Janeiro, e defendeu a liberdade de expressão no país.
Ela também assinou o compromisso com a Declaração de Chapultepec, que é uma carta de princípios que defende “uma imprensa livre como uma condição fundamental para que as sociedades resolvam os seus conflitos, promovam o bem-estar e protejam a sua liberdade”.
“Eu tenho um conceito que é de vivência. E há outros de compromissos éticos e morais que se tem de ter com a democracia. Eu prefiro um milhão de vezes o som de vozes críticas, de críticas duras, que muitas vezes gostam de ferir, do que o silêncio dos calabouços da ditadura que teve nesse país”, disse aos jornalistas após discurso no Congresso.
Liberdade de expressão
Dilma argumentou que, ao lado das conquistas sociais e econômicas, um dos critérios para que um país seja considerado uma nação desenvolvida é ter democracia plena, com liberdade de imprensa e de expressão. Segundo ela, essa é uma diferença crucial entre o Brasil e outras economias em desenvolvimento.
Ela lembrou dois pontos, dos dez que compõem da Declaração de Chapultepec. Numa delas, é ressaltada a importância da liberdade de imprensa. “Não há pessoas nem sociedades livres sem liberdade de expressão e de imprensa. O exercício dessa não é uma concessão das autoridades, é um direito inalienável do povo”, discursou.
Outro ponto citado pela candidata fala sobre o compromisso da imprensa com a verdade. “A credibilidade da imprensa está ligada ao compromisso com a verdade, à busca de precisão, imparcialidade e eqüidade e à clara diferenciação entre as mensagens jornalísticas e as comerciais. A conquista desses fins e a observância desses valores éticos e profissionais não devem ser impostos. São responsabilidades exclusivas dos jornalistas e dos meios de comunicação”, citou.
Sem medo dos movimentos sociais
Mais cedo no evento, o candidato José Serra criticou os movimentos sociais e as conferências nacionais realizadas pelo governo Lula. Serra disse que elas não representam a sociedade. Ao ser questionada sobre as declarações, Dilma lamentou e disse que o governo Lula “não tem medo de dialogar com os movimentos sociais e conviver com opiniões divergentes”.
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