O combate às drogas deve ser intensificado em todo o país, principalmente com relação ao crack. Segundo a candidata Dilma Rousseff, esse tema é um dos grandes desafios para os próximos anos. “O crack tem um poder muito grande de dissolver a família e de comprometer a capacidade dos jovens tanto no estudo como no lazer”, afirmou ela, durante entrevista coletiva em Brasília.
Dilma sugere que os governos estaduais, municipais e federal tenham uma estratégia em comum com a sociedade organizada (igrejas e entidades como os clubes de mães).
A candidata enumerou três pontos a serem atacados: prevenção, tratamento e policiamento de fronteira. No primeiro, citou exemplos que já deram certo como a elaboração e distribuição nas escolas de cartilha educativa ilustrada pelo cartunista Maurício de Souza, utilizando os personagens da Turma da Mônica, e a campanha “Crack nem Pensar”, do Grupo RBS de Comunicação, no sul do país.
Dilma defendeu a construção de uma rede de atendimento, organizada com enfermarias especializadas nos Hospitais Gerais, clínicas para usuários e comunidades terapêuticas, credenciadas pelo Ministério da Saúde.
Fronteiras vigiadas
Um dos principais pontos de combate às drogas, segundo ela, é a vigilância das fronteiras. Dilma destacou a informação integrada entre Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Forças Armadas, Polícia Civil e Militar e também as autoridades municipais das regiões fronteiriças.
“O uso da informação e dos sistemas de inteligência vão intensificar o controle da fronteira seca do país, que tem mais de oito mil quilômetros”, ressaltou. A candidata reforçou a proposta do uso do Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant), que permite um patrulhamento eficaz das fronteiras.
“Isso [o Vant] permite perceber transporte de armas, drogas e movimentações suspeitas, além de agilizar a ação, tornando-a em tempo real”, disse, lembrando que pretende adquirir mais 10 Vants. “Ele é muito importante porque integra a terceira perna do tripé que é um policiamento forte e sofisticado para ver as movimentações nas regiões de maior comercialização e distribuição de drogas.”
Economia
Na área econômica, Dilma salientou que o Brasil não tem o cenário de crise visto em 2002, tem estabilidade e inflação sobre controle. Segundo ela, a relação da dívida pública pelo Produto Interno Bruto (PIB) seguirá em queda, o que dispensa grandes ajustes nas contas do governo.
“É muito prudente manter as coisas como estão”, disse. “Eu não concordo que o Brasil tenha que ser submetido a ajustes fiscais a cada final de governo. O que tem de ter é o que se vê no governo Lula. No início deste ano, o governo achou que podia haver algum problema e o que foi feito? Contingenciou R$ 10 bi do orçamento da União.”
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