quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Dilma: Educação e saneamento são desafios nos próximos anos

O resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2009, divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que o Brasil reagiu bem aos efeitos da crise econômica iniciada no ano anterior, mas ainda há desafios a superar nas áreas de educação e saneamento (água e esgoto).

A candidata à presidência, Dilma Rousseff, comemorou a queda da desigualdade de renda e a formalização do mercado de trabalho, o que mostra, segundo ela, que o Brasil conseguiu “segurar o tranco”.

A tendência, acrescentou a candidata, é que os números melhorem ainda mais com o crescimento de 7% do PIB (Produto Interno Bruto) esperado para este ano. “A gente podia temer, mas não tivemos um tsunami. Geralmente, a desigualdade aumenta na crise. Isso mostra que a gente reagiu bem”, avaliou Dilma, em entrevista coletiva, antes de viajar para o comício desta noite em Betim (MG).

Para Dilma, outro dado que revela a rápida superação da crise econômica é o aumento dos empregos com carteira assinada. Ela destacou que as empresas brasileiras, quando conquistam a formalidade, têm acesso ao crédito e às políticas de fomento. “E a economia brasileira muda de patamar.”

Educação

Dilma alertou, no entanto, que os dados da Pnad impõem o desafio de ampliar a proporção de jovens entre 15 e 17 anos matriculados no ensino médio e expandir a cobertura das creches para crianças entre zero e cinco anos.

Por isso, afirmou, seu programa de governo prevê a construção de 6 mil creches e pré-escolas em todo o país. Para a candidata, seu governo também precisará atacar o analfabetismo que apresenta concentração maior entre as pessoas acima de 50 anos.

“O analfabetismo se concentra entre as pessoas que tiveram acesso à escolarização no passado. Os jovens e as crianças estão afastados deste mal”, ressaltou.

Saneamento

Outro desafio que será enfrentado, segundo Dilma, é a ampliação das redes de água e esgoto que já conta com uma previsão de R$ 35 bilhões no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para o período entre 2011 e 2014.

“Temos aqui um desafio no que diz respeito a dinheiro e aceleração dos prazos de contratação das obras”, previu, reforçando a necessidade da parceria com estados e municípios. “Ninguém no Brasil fará obras de saneamento básico sem esta parceria.”

Dilma destacou que o Brasil havia perdido a cultura do investimento, que foi retomada com o PAC. Segundo ela, houve uma forte mobilização nos estados e municípios interessados em receber recursos da União para obras de infraestrutura e saneamento.

“Foi uma mudança da água para o vinho. Antes, a gente tinha que negociar o tempo para que o estado ou o município apresentasse o projeto. Mas sempre é possível apertar os prazos”, explicou.

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