quinta-feira, 30 de setembro de 2010

ATENÇÃO: Eleitor pode votar portando apenas documento com foto no próximo domingo

Por maioria de votos, o Supremo Tribunal Federal (STF) encerrou o julgamento da liminar em Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4467 e adotou o entendimento de que os eleitores podem apresentar apenas o documento com foto no momento da votação. Ou seja, somente trará obstáculo ao exercício do voto caso deixe de ser exibido documento oficial de identidade com foto (carteira de identidade, trabalho ou motorista, passaporte).

A decisão foi tomada no julgamento da ação proposta pelo PT contra a obrigatoriedade de o eleitor apresentar dois documentos para votar nas eleições, sendo o título eleitoral e um documento de identidade, exigência criada em 2009, pela Lei 12.034, que alterou o artigo 91-A da Lei 9.504/97.

Oito ministros votaram no sentido de dar ao artigo 91-A da lei o entendimento de que apenas a ausência do documento com foto poderia impedir o eleitor de votar. Ficaram vencidos os ministros Gilmar Mendes e Cezar Peluso.

Como Dilma e Lula tiraram o Brasil da estagnação

Assista aos vídeos comparativos dos resultados em várias áreas que deram um salto a partir de 2003:




MERCADANTE: "ESTELA VICE-PREFEITA E FUTURA DEPUTADA ESTADUAL"

Dilma: Vou governar com paz amor e serenidade, defendendo a democracia e a liberdade

LÍDERES DE MOVIMENTOS DE MORADIA DE SÃO PAULO APOIAM ESTELA

LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS E ESPORTISTAS DE GUARULHOS APOIAM ESTELA

Lideranças da Grande São Paulo declaram apoio a ESTELA

LÍDERES CRISTÃOS REAFIRMAM APOIO A DILMA

Um grupo de importante líderes cristãos se reuniu com a candidata Dilma Rousseff na quarta-feira, em Brasília, para discutir vários temas e reafirmaram seu apoio à candidatura de Dilma.

Assista aos depoimentos Gabriel Chalita, Irmão Lázaro, Bispo Manoel Ferreira, Padre Gabriel Cipriani e Apóstolo Cesar Augusto:





ANTONIO NETO, PRESIDENTE DA CGTB: "ELEGER ESTELA É IMPORTANTE PARA BAURU E REGIÃO"

LAISY MOLIERE, SECRETÁRIA NACIONAL DE MULHERES DO PT, PEDE SEU VOTO PARA ESTELA

SILVANA DONATTI, SECRETÁRIA GERAL ESTADUAL DO PT, ESTÁ COM ESTELA

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

LULA ALERTA SOBRE CONTRA BOATOS NA CAMPANHA

Minha Casa, Minha Vida deve entregar mais 110 mil moradias até fim do ano

O ministro das Cidades, Marcio Fortes, afirmou hoje (29) que o programa Minha Casa, Minha Vida deve entregar 280 mil residências até o final deste ano. Desse total, 170 mil já foram entregues. O restante – 110 mil unidades – será concluído em três meses, segundo o ministro.

“Alguns pensam que eu anuncio em um dia e 1 milhão de casas estarão na rua no outro dia. Todos se ajustaram: a Caixa, os empresários, o ministério. A agilidade já existe. Até o final do ano, teremos mais de 1 milhão de projetos entre analisados, contratados e entregues”, disse.

Ao participar de entrevista a emissoras de rádio no programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços, Fortes lembrou que foram destinados R$ 68 bilhões para o Minha Casa, Minha Vida, incluindo subsídios e financiamentos. Para o Minha Casa, Minha Vida 2, o montante, segundo ele, chega a R$ 111 bilhões.

“O recurso não passa pelas prefeituras, passa pela Caixa e pelos empresários. Temos uma agilidade maior na execução. O papel dos prefeitos e dos governadores é fundamental na doação de terrenos, na redução de impostos, no que for necessário para que os projetos andem, inclusive, na contratação de mão de obra especializada”, reforçou.

O ministro explicou que há dois caminhos para se increver no programa: procurar a prefeitura da cidade ou ir a uma agência da Caixa Econômica Federal. É preciso informar a renda, o tamanho da família e pelo menos duas localidades onde a casa poderá ser construída.

13 razões para as mulheres votarem em Dilma



1 – Dilma representa o novo Brasil que ajudamos a construir com Lula presidente. À frente de importantes funções públicas e, principalmente, como ministra do governo Lula, Dilma demonstrou competência, liderança e compromisso com o povo.

2 – Dilma é capacitada para disputar, vencer e governar o Brasil. Com competência e sensibilidade, ela vai dar continuidade às mudanças promovidas pelo Lula garantindo mais desenvolvimento e uma vida melhor para toda nossa gente.

3 – Dilma é uma mulher que sempre lutou pela democracia, desde a época de estudante e sabe muito bem a importância dela para o desenvolvimento de uma nação.

4 – Como a primeira mulher a dirigir o país junto com os brasileiros e as brasileiras, Dilma vai fortalecer e criar políticas públicas que garantam um Brasil cada vez mais justo e menos desigual.

5 – Na presidência, Dilma vai fortalecer programas que promovam o emprego e a geração de renda das mulheres. Vai também estipular ações que garantam a igualdade entre homens e mulheres no mercado e nas relações de trabalho, oportunidade de formação e qualificação profissional e de acesso a cargos de direção.

6 – Estamos com Dilma para darmos mais um passo importante para ampliar a participação das mulheres nos cargos de decisão dos poderes Executivo, Legislativo, Judiciário em todos os níveis.

7 – Queremos Dilma presidente para implementar uma política de criação de creches e pré-escolas públicas.

8 – Dilma presidenta para garantir às mulheres na cidade e no campo uma vida com qualidade.

9 – Dilma na presidência vai dar continuidade a programas que beneficiam mulheres e homens com a política de valorização do salário mínimo, o Bolsa Família, o Minha Casa, Minha Vida e o Luz para Todos.

10 – Dilma presidenta para consolidar a Política Nacional de Atenção Integral a Saúde da Mulher, fortalecer e melhorar a qualidade do atendimento do SUS.

11- Dilma presidente para garantir que a Lei Maria da Penha, que combate a violência doméstica contra a mulher, seja cumprida em todo o Brasil e para promover políticas capazes de reduzir todas as formas de violência contra as mulheres.

12 – Estamos com Dilma para presidenta por que acreditamos que é possível e necessário promover a promover a educação, a cultura, o lazer e a informação sem qualquer forma de discriminação e preconceito.

13 – Nós, mulheres, estamos com Dilma porque queremos ver o Brasil indo adiante, seguindo o caminho do desenvolvimento, da democracia, da solidariedade, das oportunidades, do respeito às diferenças. O Brasil que nós, brasileiras e brasileiros, merecemos. Por isso e muito mais votamos e pedimos, também, o seu voto para elegermos Dilma presidenta.
do Mulheres com Dilma

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Dilma: vamos disputar e ganhar cada voto

VEJAM O VÍDEO DE MARIA LUCIA BRANT DECLARANDO APOIO À ESTELA

VANDERLEI SIRAQUE: "TENHO CERTEZA QUE A ESTELA VAI FAZER A DIFERENÇA NA ASSEMBLÉIA"

A importância do voto nas mulheres

SONIA AUXILIADORA VASCONCELOS, da Secretaria de Mulheres Trabalhadoras da CUT de São Paulo fala sobre a importância do voto nas mulheres.


DJALMA DE OLIVEIRA, DA FEDERAÇÃO DOS URBANITÁRIOS ESTÁ COM ESTELA

EU APOIO ESTELA ALMAGRO - COCA FERRAZ

LECI BRANDÃO TAMBÉM APOIA ESTELA

Altamiro Borges: Marina será capa da revista Veja?

Altamiro Borges em seu Blog do Miro, desnuda a relação estabelecida entre Marina e os setores mais atrasados do atual quadro político. A “queridinha da mídia”, como diz Miro, entrou de corpo e alma no jogo da direita, deixando-se ser usada pela campanha tucana. É uma pena Marina.

"Se bobear, a última edição da revista Veja antes do pleito deste domingo terá estampada na capa uma enorme e simpática foto de Marina Silva. Já o Jornal Nacional, da TV Globo, aproveitará os últimos dias da campanha para expor imagens positivas da candidata. Tudo isto porque a direita ficou animadinha com a última pesquisa Datafolha, que aponta o crescimento da presidenciável verde como única chance possível para forçar o segundo turno das eleições.

O resultado nem é tão alentador assim. Os números variam na chamada margem de erro. Dilma caiu um ponto, Serra ficou estagnado e Marina subiu um ponto, na comparação com a pesquisa anterior do Datafolha. Mas o desespero da direita é tão grande que isto foi suficiente para animá-la. Pouco importa que este instituto, ligado à famíglia Frias, já tenha sido denunciado por fraudar pesquisas para beneficiar o demotucano – tanto que foi apelidado de Datafraude ou DataSerra.

A queridinha da mídia

A direita vai apostar todas as suas fichas na tática de insuflar a candidata verde. Esta é sua única alternativa. No último domingo, Marina Silva foi capa da Folha, abordando um tema tão caro aos falsos moralistas: o “mensalão”. Quando ministra do Meio Ambiente, o mesmo jornal fez várias acusações de corrupção contra a sua gestão. Quase toda semana saiam denúncias nos jornalões envolvendo a sua pasta – na maioria, plantadas por ruralistas devastadores da natureza. Agora, a mídia venal simplesmente arquivou as acusações. Não interessa aos seus propósitos.

Para incendiar a “onda verde”, colunistas ligados à direita agora derramam elogios à ex-ministra. Merval Pereira, Lúcia Hipólito, Josias de Souza e outros enxergam na sua campanha o serra que pode podar o ciclo político aberto pelo presidente Lula. Todos viraram eco-capitalistas, como ironizou o candidato Plínio de Arruda ao criticar a verde. A manobra é escancarada. “A seis dias da eleição, Marina não exibe musculatura eleitoral capaz de içá-la ao segundo turno... Porém, ao escalar sobre Dilma, Marina termina por favorecer José Serra”, confessa Josias de Souza.

Fazendo o jogo da direita

Para quem achava que a sucessão presidencial já estava decidida, os últimos dias da campanha serão de muita emoção e adrenalina. O que está em disputa no pleito não é pouca coisa. O Brasil desperta muitos interesses e a direita não está para brincadeira; não tem nada de verde! Marina Silva só virou a “queridinha da mídia”, segundo alertou o sociólogo Emir Sader, porque ela serve – conscientemente ou não, apesar de que tudo indica que sim – aos interesses dos demotucanos."

MARTA DIZ PORQUE ESTÁ COM ESTELA

Moradia digna para quem mais precisa



A política habitacional do Governo Lula realizou o sonho da casa própria para milhares de brasileiros. Dando prioridade à população de baixa renda, o PAC e o Minha Casa, Minha Vida ergueram moradias, urbanizaram favelas e ofereceram uma oportunidade de emprego aos beneficiários dos programas.

O governo fez questão de contratar mão de obra local, no próprio bairro onde as obras são realizadas. O resultado disso é um Brasil menos desigual e mais inclusivo, que oferece um lugar digno para morar e gera renda para quem mais precisa.

E é para fazer o Brasil seguir mudando que no dia três de outubro vamos apertar o 13 nas urnas e eleger Dilma Rousseff a primeira mulher presidenta do nosso país!

GENOÍNO TAMBÉM ESTÁ COM ESTELA

FAÇA CHUVA OU FAÇA SOL, O POVO ESTÁ COM DILMA

Enquanto alguns órgãos de imprensa tentam dizer que a campanha de Dilma está em baixa, a voz do povo, de Norte ao Sul do País, mostra outra situação. Exemplo maior foi o comício realizado nesta segunda-feira (27) no Anhembi, em São Paulo. Mesmo sob chuva pesada, o povo paulista estava lá para demonstrar seu apoio a Dilma, Mercadante, Marta e Netinho.

Essa é a nossa cara, a cara daqueles que acreditam nas mudanças que Lula fez nesse País, e naquelas que Dilma fará com presidente.





NO DIA 3 DE OUTUBRO VAMOS DE MARTA E NETINHO

NETINHO TAMBÉM ESTÁ COM ESTELA ALMAGRO

CALMA, CORAGEM E COMBATE!



 Reproduzo abaixo texto elaborado pelo Brizola Neto, publicada em seu blog, Tijolaço , com o qual concordo plenamente. Vamos ler com calma, e aproveitar esses últimos dias para consolidar nossa vitória contra o atraso e as mentiras.
Abraços
Estela Almagro

“Meus queridos amigos. Vocês, que acompanham os fatos sabem que os adversários do povo brasileiro não têm condições de travar o debate sobre a realidade. Não têm argumentos, porque o Brasil agora cresce, enquanto eles o estagnaram, porque o Brasil agora emprega, enquanto eles deixaram milhões de pessoas na angústia de não ter seu ganha-pão, o Brasil agora aumenta os salários e o consumo, enquanto eles passaram décadas mandando o povo brasileiro apertar os cintos.

No Brasil de verdade, na realidade, eles estão sem armas e sem argumentos. Sua causa é ruim, é pavorosa, é repugnante quando surge com o seu próprio rosto disforme.

Mas eles controlam o Brasil imaginário, porque controlam a mídia. E é essa a arma monstruosa que, desde o início do processo eleitoral, brandem contra os sentimentos verdadeiros do povo brasileiro.

Há seis meses, chamavam Dilma de “poste”, de alguém sem idéias, sem personalidade, sem discurso, sem capacidade sequer de se expressar.

Esta fantasia mentirosa ocupou páginas e colunas de jornais, repetida como um mantra.

Os fatos, mais que a dissiparem, reduziram-na a pó.

Há três meses, eles sustentavam uma liderança de Serra que todos sabíamos falsa. Mas a publicavam em gráficos coloridos, a repetiam na televisão, a comentavam como fosse real.

Outra quimera que se desfez quando o sentimento e a voz do povo passaram a ser ouvidos.

Agora, seguindo um roteiro previamente estabelecido, construíram duas histórias: a de “escândalos” e a de ameaças à democracia. E, com elas, passaram  usar, como sempre usam, as pesquisas que controlam. Há dias, “constróem” uma aproximação na reta final e a sua “obra” se expressa nos gráficos de pesquisas, o Datafolha à frente delas.

Mas eles não têm uma causa, uma bandeira, um projeto que possam submeter ao julgamento do povo brasileiro. Seu candidato é um personagem que desperta asco nna nossa gente.

Daí erguerem o nome de Marina Silva como biombo de seus verdadeiros interesses.

É irrelevante sabermos com qual nível de conveniência ela se presta a ele e, sequer, se ela o faz com cumplicidade.

Não importa qual o resultado deste julgamento moral.

O que importa é o mundo real, e é o mundo real a nossa arma contra a avalanche de propaganda que já despejam e despejarão nestes dias, sobretudo com as pesquisas a lhes servirem de disfarces dos seus apetites.

Temos de ter calma, lucidez, coragem, objetividade e disposição para o combate.

O primeiro é  saber é que eles não lutam pela vitória, mas por uma sobrevida, por um segundo turno que lhes dê condição de fugirem da verdade acachapante de que a direita tornou-se uma força desprezada pela população. Lutam por mais 30 dias em que possam cevar um “milagre” demoníaco que oculte esta verdade.

Nem mesmo eles ousam estar seguros de que o conseguirão.

Mas sabê-lo não basta, é preciso dizê-lo, dizê-lo a quantos possam nos ouvir e ler.

Temos de ser claros e diretos: se é legítimo votar em Marina Silva, também é legítimo dizer a quem o faz que este voto, mais do que a ela, serve agora à direita e a José Serra.

Esta é a verdade nua e crua e, se ela me custar algum voto em minha candidatura a deputado, paciência.

Verdades são para ser ditas, custe o que custar, do contrário serei mais um hipócrita, e de hipócritas o povo brasileiro já se encheu.

Digo claramente o que deve ser dito e é preciso que cada um de nós o faça. A quem estiver caindo no “conto da onda verde”, a quem estiver vacilando por causa da mídia e das pesquisas, a pergunta deve ser esta, e feita de forma direta:

- Então, você vai votar no Serra?

- Vou votar na Marina.

- Não, você está enganado, você vai votar no Serra.

Este é o argumento com a força cortante da verdade. E o choque, talvez, desperte a compreensão deste interlocutor ingênuo, que não percebeu o jogo sujo que se oculta por detrás de um personagem que, pela sua origem e trajetória, pode despertar solidariedade e respeito, mas que, agora, passou a ser, para a direita, a tábua de salvação, provisória que seja, do seu naufrágio.

É hora de cada um de nós – a começar por aquele que tem a empatia de enormes massas do povo brasileiro – conversarmos com cada pessoa, com cada amigo, conhecido, vizinho ou parente.

Nós fazemos parte de um milagre chamado comunicação. Nós somos, aqui, dezenas de milhares e éramos centenas faz pouco tempo. Crescemos e nos unimos com a verdade e o amor ao povo brasileiro e a esta nação.

Acreditem, meus irmãos e minhas irmãs, nesta bandeira limpa, pura, decente e humana que conduzimos. Ela merece a força de nossos braços, o desapego de nossas idéias. Merece toda a nossa energia nesta batalha que quase se finda.

Cada voz, cada mente, cada coração, agora, deve ser posto a serviço do povo brasileiro. Pois a nossa sinceridade é tanta, o nosso amor ao Brasil é tanto, a nossa fé no futuro é tanta que não há mentira capaz de superar a emoção com que podemos nos expresar.

Vamos em frente, em nome do nosso povo. Vamos em frente, e vamos vencer.”

QUEM APOIA ESTELA ALMAGRO: ARLINDO CHINAGLIA

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

GRANDE CARREATA DE ESTELA NA REGIÃO DE BAURU


No último final de semana a comitiva de ESTELA ALMAGRO percorreu diversas cidades da região de Bauru. A população e apoiadores de Pirajuí, Presidente Alves, Avaí, Agudos, Areiópolis, Lençóis Paulista, São Manoel, Borebi e Botucatu receberam ESTELA de braços abertos, dando também à candidata, a oportunidade de conhecer de perto as necessidades dos moradores.

Emocionada com a receptividade, ESTELA declarou: “Esse carinho da população, principalmente a mais carente, reafirma o nosso sentimento de que o esforço de campanha está atingindo seus objetivos. A cada dia é maior a quantidade de apoios recebidos. Os moradores dos inúmeros municípios do estado de São Paulo que estão engajados em minha campanha podem ter a certeza que saberei representá-los na Assembléia Legislativa, e tem o meu compromisso de que estarei sempre junto deles para prestar contas de meu mandato.”

Vejam abaixo outros momentos da carreata.
Fotos: Alan Schneider









Lula na Barra Bonita: Temos a energia mais limpa do Planeta

Lula com trabalhadores da Usina Termelétrica Barra Bioenergia S/A
Foto: Ricardo Stuckert/PR

O Brasil é o país do mundo que produz a energia mais limpa, segundo afirmou o presidente Lula nesta segunda-feira (27/9), em Barra Bonita (SP), durante a inauguração simultânea de oito usinas termelétricas a biomassa de cana no estado de São Paulo.

“Da parte do governo federal vamos continuar a fazer todo o incentivo para que a gente ensine a Europa e os Estados Unidos que nós aqui no Brasil não apenas falamos em um mundo menos poluído, com menos gás de efeito estufa, nós estamos cumprindo a nossa parte. O Brasil é hoje o país no mundo que tem a energia mais limpa do planeta. Quando alguém quiser falar de energia limpa, esteja onde estiver, em qualquer lugar do mundo, eles têm que olhar para o mapa e saber que tem um país chamado Brasil que não fala, faz a energia mais limpa do planeta Terra”.

Lula lembrou, ainda, que é preciso humanizar o trabalho do corte de cana no Brasil e que é um compromisso do governo dar formação a esses trabalhadores para que eles tenham outras profissões “menos desumanas” como alternativa de renda e ocupação.

“Enquanto vocês estiverem trabalhando, é preciso ter a garantia da água potável, é preciso ter a garantia do banheiro, tem que ter a garantia do bom transporte, tem que ter a garantia de condições de trabalho mínimas que qualquer cidadão precisa na face da terra. Eu tenho fé em Deus que a gente vai ser exemplo para todo o território nacional e que a gente vai juntos – empresários, governo e trabalhadores – construir uma alternativa para que vocês que trabalham no corte de cana hoje possam trabalhar amanhã em um outro trabalho menos penoso, menos sofrível”.

A biomassa é a matéria orgânica utilizada na produção de energia. Dentre as biomassas mais utilizadas estão a lenha, o bagaço da cana-de-açúcar, papéis, entre outros. Antes, o bagaço de cana era considerado rejeito e, muitas vezes, queimado, emitindo gases poluentes. Com as usinas a biomassa, o que era lixo passa a gerar energia renovável.

As oito usinas inauguradas são: Barra Bioenergia S/A (Barra Bonita), Cocal 2 (Narandiba), Conquista do Pontal (Mirante do Paranapanema), Clealco-Queiroz (Queiroz) , Iacanga (Iacanga), Destilaria Andrade (Pitangueiras), Noble Energia (Sebastianópolis do Sul) e Açucareira Ester (Cosmópolis). Juntas, as oito usinas termelétricas terão 543 MW de potência instalada e 194,6 MW médios de energia assegurada ao sistema elétrico. Essa obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) recebeu um investimento de R$ 853,61 milhões.

Porque Dilma venceu o debate na Record



O compacto acima mostra como foi a participação de Dilma no Debate. Reparem no quanto tem de conteúdo. Nenhum outro candidato chegou perto dela neste quesito.

Tente fazer um compacto com os "melhores momentos" do Serra. Dali não sai nada, ou é ele atacando os adversários ou contrariado com perguntas sobre FHC e sobre apagões na educação e outras áreas de seu governo em São Paulo.

De Marina também não se consegue extrair um compacto com conteúdo. Se espremer fica só a pregação genérica do desenvolvimento sustentável, permeada com críticas udenistas que não correspondem aos fatos, sem conseguir dizer a que veio.

A verdade é que o discurso de Marina desperta desconfiança em todos que votam consciente, porque ela fica em cima do muro, como quando foi perguntada sobre Belo Monte.

Desperta desconfiança quando ela "importa" para o pré-sal os problemas ambientais do golfo do México, causado lá por políticas neoliberais de deixar empresas privadas fazerem tudo por dinheiro. Lá nem foi vazamento em profundidades do pré-sal, e sim em profundidade que a Petrobras já explora há anos, sem qualquer problema.

Desperta desconfiança também quando age de forma oportunista, com o discurso udenista, quando todos sabem que o PV é uma frente partidária com muitos candidatos fisiológicos, aparelhados em prefeituras do DEMos, com Kassab (e já foram aliados de Cesar Maia no Rio quando o DEMo estava no poder), em governos tucanos de São Paulo. Que moral ela tem para criticar o PT, sendo filiada ao PV? E ela sabe como ex-ministra do meio-ambiente que qualquer órgão público ou privado está sujeito a um ou outro mau funcionário desviar sua conduta, e só será descoberto, ou quando uma fraude aparece, ou quando é denunciado antes da fraude aparecer.

Quanto a Marina, fica sempre aquela pergunta: qual é exatamente a posição dela? A gente vai conviver com apagões energéticos por ficar discutindo por décadas um projeto de hidrelétrica? O respeito ao meio-ambiente é fundamental. Ninguém abre mão da boa engenharia que respeita o meio-ambiente neste século XXI, mas quem é responsável por licenças ambientais precisa também aprender a respeitar a ecologia humana, e se empenhar para trabalhar na velocidade que a população pobre do Brasil precisa para sair da pobreza. Que exija as adequações necessárias, mas que não obstrua eternamente.

O discurso da Marina passa a impressão de que a senzala tem que esperar na fila para entrar na classe média, enquanto não se resolve o problema do lixo e da poluição produzidos na casa grande (sobretudo dos países ricos).

Plínio também não rende um bom compacto do debate. Independente de concordar ou não com as idéias dele, não foram passadas com a clareza com que usou no primeiro debate. Plínio conseguiu atacar as políticas dos outros 3 candidatos (e é papel de quem é oposição), mas saiu com a imagem de quem irá desmontar um monte de coisas boas que estão dando certo, como o ProUni, o Reuni, a política de aumento real garantida do salário mínimo, para colocar no lugar algo inatingível a curto prazo: uma suposta política perfeita para um futuro que sabe-se quando iria chegar. Por fim, foi desonesto ao sucumbir ao discurso udenista e falso, para exploração eleitoral.

Quando não há um "nocaute" durante o debate, vence quem consegue encaixar mensagens com melhor repercussão nos dias seguintes, e que fixam na cabeça do eleitor.

Ninguém venceu por nocaute (e seria difícil com as regras rígidas, a menos que alguém cometesse algum grande deslize). Mas para o cidadão que se preocupa com emprego, o mais importante foi ouvir Dilma falar dos 14,5 milhões de empregos. Para o estudante que está no ProUni ou quer entrar, o importante foi ouvir Dilma defendendo o programa. Para quem tem más lembranças do governo FHC, importante foi ver Serra se atrapalhar para defendê-lo. Para quem tem boas lembranças do governo Lula, importante foi ver Dilma defendendo este governo do ataque dos outros.

Por isso que reitero: Dilma conquistou mais votos do eleitor consciente que viu o debate, porque conversou com o eleitor sobre os problemas dele. Dilma fez um discurso politizado para a nova classe média que emergiu no governo Lula.
do: Os amigos do Presidente Lula

sábado, 25 de setembro de 2010

Serra demonstra como calculou os R$600

Programa da Dilma exibido na tarde de 25 de setembro

Azenha: O robô do Aloysio pediu meu voto

Voltando para casa, depois de um longo dias de gravações, corro para atender: no telefone, quem fala é o robô do Aloysio Nunes, pedindo meu voto. Sinal de que estamos, mesmo, na reta final. É para quando são programadas as chamadas feitas por robôs.

Primeira pergunta: como é que a campanha dele conseguiu meu telefone?

Segunda pergunta: se meu telefone está inscrito na lista dos que não aceitam o telemarketing, qual o motivo do desrespeito?

Terceira pergunta: os robôs farão ligações com mensagens negativas, como aconteceu nos Estados Unidos, quando John McCain atacou Barack Obama?

Quarta pergunta: e o bombardeio via mensagens de texto, virá?

Não sei o quanto isso tudo funciona. Sei que o risco de um candidato perder um voto ao usar o robô é tão grande quanto o de ganhar um. Presumo que para os candidatos a deputado valha a pena o risco, já que muitos eleitores só farão sua escolha na véspera ou em 3 de outubro e o robô pode servir para propagar o nome e o número de quem pede voto.

De qualquer forma, vale constatar que hoje as eleições se tornaram de tal forma um evento de marketing que temos muita gente posando de “analista”, “especialista” e “consultor” e empurrando “técnicas eleitorais” milagrosas tão eficazes quanto o famoso “óleo de cobra”. Não viram o “consultor” da Folha, que também se dedicava à receptação de cargas roubadas, à distribuição de notas falsas e ao agasalhamento de um automóvel roubado? E o guru indiano de José Serra?

Sinceramente, prefiro acreditar no Marcos Coimbra e no Ricardo Guedes, do Vox Populi e do Sensus. Ambos são extremamente cautelosos com suas opiniões.

Querem ouví-los? O Coimbra está aqui. O Guedes, aqui.

Vocês vão notar que os dois trabalham com a escala de grandeza envolvida numa decisão que envolve milhões e milhões de votos.

É justamente isso o que se esconde por trás da curva amiga do Datafolha ou das análises do Jornal da Globo.

Eles inventaram as mentiras “verossímeis”, ou seja, uma leitura dos números que esconde que pouco mudou desde o início de setembro e a deflagração dos escândalos tucano-midiáticos.

Olhando o tracking do Vox Populi (IG/Band), por exemplo, temos que deste então José Serra perdeu dois pontos (de 25% para 23%) e Dilma Rousseff perdeu um (de 51% para 50%).

Marina Silva, sim, como notou Marcos Coimbra, tem avançado em algumas cidades e algumas regiões. Mas, quando você contextualiza o avanço de Marina para o total do eleitorado ele ganha sua real proporção.

O fato de que todos os seus 50 amigos decidiram votar em Marina pouco altera a equação se todos são jovens, urbanos, de classe média.

Dito isso, é fato que uma conjunção de fatores pode levar a disputa para o segundo turno.

Desastres de Dilma Rousseff nos debates da Record e da Globo. A campanha surda, subterrânea, movida por religiosos e militantes da extrema-direita, nos púlpitos e na internet.

Aqui, uma nota pessoal.

Nas últimas semanas, por causa do grande número de mensagens que recebo, fui obrigado a filtrar meu e-mail. Direcionei diretamente para o lixo aquelas correntes que me eram enviadas 50 vezes ao dia. Mas, antes, fui ver o conteúdo.

Algumas eram de gente que me pareceu bem intencionada, denunciando ataques a A ou B.

Relembrei mais uma vez a campanha nos Estados Unidos e uma entrevista que li de um encarregado de promover campanhas por e-mail. Ele se baseava em fórmulas matemáticas de reprodução de mensagens e na progressão geométrica dessas correntes para cobrir todo um distrito eleitoral em um determinado período de tempo.

O repórter perguntou, então, sobre os democratas do distrito, dizendo algo do gênero: “Os democratas não se revoltam com as mensagens?”. Ele: “Faz parte. Isso pouco importa. O que me importa é que eles não quebrem a corrente e continuem avançando a mensagem para todos os seus contatos de e-mail, que por sua vez vão mandar para os seus contatos e assim sucessivamente. O que importa é que eles não deixem de disseminar minha mensagem, mesmo que se revoltem contra o conteúdo”.

Pois olhando minha caixa de e-mail fiquei com a impressão de que tem muita gente dando tiro no pé, como o eleitor de um deputado que mandou uma mensagem para dezenas de contatos (inclusive o Viomundo) denunciando um vídeo em que o candidato dele aparece a bordo de uma limusine e de um jatinho. Ora, ele está ajudando a espalhar uma acusação sem a resposta! É o que chamo de fogo amigo involuntário. Fez direitinho o que os adversários do candidato dele queriam que fizesse: espalhou a acusação!

Mas essas minúcias, insisto, não são capazes de virar milhões de votos — e é disso que se trata.

Resta, portanto, o imponderável: quantos votos Dilma Rousseff perderá por causa da exigência de dois documentos na hora de votar?

Para onde vão os indecisos?

Qual o papel da imensa máquina partidária do PMDB na reta final? Qual o papel da militância do PT e do PCdoB?

Tenho comigo que Lula, espertamente, “atritou” a mídia nos dias finais de campanha baseado em alguma pesquisa qualitativa. Foi para agitar a militância dormente e os movimentos sociais, dos quais o PT se afastou por diversos motivos nos últimos anos mas que sempre são um fator decisivo na hora agá, pois fazem política muito melhor que qualquer robô (só o MST mobiliza, fácil, mais de um milhão e meio de pessoas em todo o Brasil).  Ainda que muita gente não se lembre disso, eleição ainda é fazer política — por ações pessoais e intransferíveis.

SERRA VAI PARA O TUDO OU NADA

Humberto Costa: “Serra tenta se apropriar de políticas que não criou”

Ministro da Saúde na primeira gestão Lula e coordenador do programa de governo para a Saúde da candidata Dilma Rousseff, Humberto Costa aponta as diferenças nas visões dos dois principais postulantes à Presidência do país em relação ao setor. Nesta entrevista ao Vermelho, ele questiona o fato de o tucano José Serra tentar se apropriar de políticas que não criou e adverte que o Sistema Único de Saúde é uma construção de muitos governos.

Atual candidato ao Senado por Pernambuco, Humberto destaca os avanços do SUS, em especial nos últimos oito anos, mas aponta ainda muitos desafios. Entre eles, a prioridade é conquistar mais recursos para a saúde. Liderando com folga todas as pesquisas de intenção de voto, o petista defende a regulamentação da Emenda 29 e a aprovação da Lei de Responsabilidade Sanitária. Veja abaixo.

Portal Vermelho: O SUS foi criado há 22 anos. Nesse período houve avanços, mas até agora o sistema não consegue atender à demanda e seus princípios não são respeitados. Por quê?

Humberto Costa: O SUS avançou muito. Incluiu milhões de pessoas que antes da Constituição de 88 eram atendidas pelo serviço de saúde meramente por caridade. Criamos um sistema universal que busca atender a todos de forma igual. Tivemos resultados importantes, como a ampliação da atenção básica, com o Programa Saúde da Família (PSF), que antes não existia.

Também foram criadas políticas de saúde exitosas, como a política nacional de humanização, a política nacional de prevenção a doenças sexualmente transmissíveis – em especial a AIDS -, a política de transplantes, a política de assistência farmacêutica… No governo Lula, os avanços foram ainda maiores com a expansão do PSF, a criação do Brasil Sorridente, o investimento no Sistema Nacional de Transplantes (SNT), Farmácia Popular, além da ampliação do Samu.

Mas, naturalmente, um sistema complexo, que foi implantado de forma imediata, tem muitas limitações. As principais dizem respeito, primeiramente, à falta de recursos, que impede o SUS de cumprir a contento as suas responsabilidades.

Em segundo lugar, há alguns entraves, no que diz respeito a áreas específicas. Entre eles, o atendimento de urgência e emergência de média complexidade e o atendimento especializado são problemas que precisam ser enfrentados e demandam resolver outras questões , como a política de recursos humanos, com a formação de mais profissionais e sua interiorização.

Há problemas também de gestão. Apesar de termos avançado muito, ainda há gastos desnecessários, ineficiência, e esses problemas precisam ser enfrentados. Contudo, o que já foi feito no SUS justifica o fato de ele ser considerado uma das políticas mais exitosas do País.

Vermelho: Como medir essa questão do subfinanciamento?

Humberto: O financiamento do setor saúde no Brasil representa cerca de 8% do PIB. E o gasto privado é maior que o público. Ou seja, as famílias precisam gastar mais do seu orçamento com a saúde, numa proporção em que o gasto privado supera os 55% e o público não chega a 45% do total da Saúde.

E a gente não precisa ir longe para saber que este investimento não é suficiente. Se formos comparar com países da América Latina, só ficamos na frente, no que se refere ao financiamento da Saúde, de dois países: Argentina e Uruguai. Temos que criar mecanismos para sanar os dois problemas: melhorar a qualidade dos gastos e aumentar os recursos. Além disso, o fim da CPMF acabou gerando dificuldade a mais, no que diz respeito aos recursos.

Vermelho: Como tapar o buraco deixado pelo fim da CPMF?

Humberto: A queda da CPMF precisa ser recompensada na saúde de alguma forma, seja com mais recursos de impostos, do orçamento da União, seja pela regulamentação da Emenda 29, que vai determinar o que pode ser enquadrado como gasto na Saúde.

A proposta da Emenda é muito boa, mas é claro que gera ruídos, em parte, porque vai obrigar estados e municípios a cumprirem a obrigação de gastar o percentual mínimo das suas receitas com saúde. E também porque vai mostrar claramente o que são os gastos, ações e serviços na saúde, limitando artifícios contábeis que acabam incluindo, nessa conta, despesas com saneamento e programas assistenciais, e que desviam os recursos do setor de sua função final.

Vermelho: A relação entre municípios, estados e união tem funcionado bem para o SUS?

Humberto: Em muitos aspectos, sim, como na questão da definição dos objetivos estratégicos, no cumprimento do papel constitucional que cada um deles tem e também na criação de um sistema em que estados e municípios tenham autonomia, em especial, no que se refere à distribuição de recursos.

Mas é preciso avançar. E o principal é fazer com que os pactos e os acordos que são celebrados entre os estados, municípios e união, com divisão de responsabilidades, deixem de ser meramente cartoriais e passem a ter força de lei. Por isso, defendemos a Lei de Responsabilidade com a Saúde, ou Lei de Responsabilidade Sanitária, tema que eu pretendo ajudar a construir no Senado.

Vermelho: Como resolver a carência de profissionais e a precarização do trabalho na saúde?

Humberto: Primeiramente, é necessário eliminar a precarização, pelo respeito à adoção dos direitos previdenciários e trabalhistas, em todas as relações de trabalho entre o setor público e os profissionais. E precisamos, para sanar a carência, de mais profissionais formados, entre técnicos e profissionais de nível superior, que possam, inclusive, vivenciar um processo de educação continuada.

É importante aprimorar o currículo dos profissionais, fazendo com que eles sejam formados para atender às necessidades da população. Além disso, podemos criar alguns mecanismos, como o serviço social obrigatório, para estabelecer a interiorização dos profissionais e receber destes profissionais uma contrapartida pelos gastos públicos com a sua formação.

Vermelho: Grupos privados de alguma forma atrapalham a evolução do SUS?

Humberto: Pela Constituição brasileira, a atividade privada é possível tanto na área de saúde suplementar, como também no credenciamento de serviços privados pelo SUS. Nós achamos que é perfeitamente possível a atuação privada no sistema. Agora, é importante que haja uma forte regulação do Estado, em relação ao setor privado. As agências cumprem esse papel, é o caso Agência Nacional de Saúde (ANS) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Vermelho: A dependência de produtos e tecnologias estrangeiras atrapalha o SUS?

Humberto: Sem dúvida, o Brasil ainda é muito dependente neste sentido. Especialmente no que se refere às novas tecnologias, e é claro que isso interfere no SUS. Principalmente, porque somos sempre obrigados a incorporar essas tecnologias sem que novos recursos sejam incorporados ao SUS. Além disso, quando não dominamos esta tecnologia, a gente deixa de ter um controle estratégico sobre algumas áreas fundamentais para a própria soberania do país.

Vermelho: O tema da Saúde tem sido muito abordado nesta campanha presidencial pelo candidato José Serra, que se apresenta como o pai de várias ações. ..

Humberto: Inegavelmente, todos os governos que passaram deram uma contribuição ao SUS. Todos colocaram um tijolo nessa construção importante que é o SUS, que não foi fruto exclusivo de nenhum governo e no qual todos tiveram méritos. O que me parece equivocado, na abordagem do candidato Serra, é que ele procura se apropriar de determinadas políticas, que não foram criadas por ele, mas que ele pretende apresentar como iniciativas suas, apesar de que ele possa ter contribuído para elas terem se desenvolvido.

É o caso de ele dizer que criou o Saúde da Família, que criou o genérico e que é o pai do programa de combate a AIDS, o que não é verdadeiro. Mas, naturalmente, ele teve seu mérito de contribuir também para que o SUS crescesse e avançasse.

Vermelho: Qual a principal diferença na forma como Serra e Dilma tratam a saúde?

Humberto: A rigor, todo mundo defende o SUS. Agora, claro que existem diferenças entre os dois projetos. Parte dos tucanos defende a flexibilização de alguns direitos universais do SUS. Embora o Serra não tenha se posicionado oficialmente assim, alguns projetos de partidários dele já circularam no Congresso neste sentido, inclusive ao longo do governo FHC.

Outra diferença básica entre o projeto de Dilma e o de Serra diz respeito à gestão pública dos serviços de saúde. Os tucanos têm uma postura de delegar ao setor privado ações, especialmente na gestão de serviços, que comprometem o controle público. Um exemplo disso é a maneira como eles utilizam as parecerias com as Organizações Sociais (OS).

Vermelho: Quais os principais desafios para o próximo presidente do Brasil?

Humberto: O principal desafio do próximo governo é ter dinheiro para fazer o sistema funcionar. E isso vai ser obtido pela regulamentação da Emenda 29. E o próprio governo deve estabelecer, dentro do seu orçamento global, mais recursos, com a priorização do setor Saúde.

Afora isso, a gente tem que resolver os problemas de acesso, criar novos serviços para atender às demandas da população, especialmente na área de média complexidade, o atendimento de urgência, o atendimento especializado. Também temos que melhorar a política de recursos humanos e adotar novos modelos de gestão para melhorar a eficácia do Sistema.

do Vermelho por Joana Rozowykwiat